(...) da ashfixia à serotonina

sábado, agosto 13, 2005


"Somos as pequenas peças neste imenso xadrez maldito.
Porém, somos também os agentes auto-manipuladores e estrategas da pura existência parasitária!"

"A caça furtiva"

À escuta esperas pela hora da caça.
O sinal tarda...
Eis que irrompem das brumas! As feras!
Surpresa!
Dentes de lâmina penetram a carne.
Oh tenra presa...
...
Rasga, esventra, o que dela se esvai..
O miolo suculento da virgem mansa, o terno olhar despojado nas órbitas..
Morre em ti o riso que badalava pelo bosque agora mudo.


Sweet dreams - sopraste-me ao ouvido.. e riste!
Afinal de que te rias tu???
A noite calou o teu riso e o vento soprou-o para nenhures.
Tal como vieste tal como foste; tal como areia que se escapa entre os dedos..
Um olhar que antevia um presente despovoado
O riso que antecedeu o vazio...
(Sweet Dreams - Sopras-me ao meu ouvido.
Porém, no meu sonho danço sozinha no Salão de Inverno.
A mansão está revestida de branco; tão branco que toda eu me torno transparente.
Lá longe na montanha o lobo uiva sob a Lua.
Eras tu que me chamavas num silvo???)
Ouço apenas o vento soprar!..

Sinto
Sinto tudo e não sinto nada
Sinto-me cheia de mim

Peço autorização para voar
Deslizar pelo céu em direcção a toda a parte e a lado nenhum
Correr, correr muito e saltar de nuvem em nuvem
E cair
Cair muito e não cair de verdade

Afinal onde estou eu agora?...

Julgo estar perdida
Talvez uma porta de mim que deixei aberta
Talvez...