(...) da ashfixia à serotonina

sexta-feira, setembro 09, 2005

16º

Cristina era uma menina.
Até que um belo dia...

Cristina queria ser uma couve.
A fada merdinha de Cristina achou que ela precisava de ir para um sanatório.
Porém, Cristina pensou que sanatório fosse sanitário.
A menina Cristina ficou à espera.
Esperou muito.
Um dia, no sanitário de Cristina as verduras começaram a nascer.
Cresceu uma couve lombarda, uma couve roxa, um repolho, uma alface, um nabo...
Cresceram muitas verduras: machos e fêmeas, legumes e leguminosas.
Então, Cristina (a pobre menina) começou a morrer.
Morria de dia para dia.
Ia morrendo mais e mais.

(Um cágado pisou ao de leve um pé de flor.)

O autoclismo disparou!
Fez-se ruído!
Cristina (a couve-menina) despertou.

(A vida era uma horta mal regada.)

Hoje a vida de Cristina é um Abril.
São mil àguas que regam as veias de couve-menina.
São as boas mágoas de Cristina.

1 Comments:

Blogger pencapchew said...

Eh pa, este está excelente....

2:43 da tarde  

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