(...) da ashfixia à serotonina

sexta-feira, maio 26, 2006

290º

Nem sei eu

Quando ficaste para trás.
De frente para um muro, numa rua sem luar.
Quando te perdeste algures, sem saídas no teu carrossel.
Sem música, sem mim.
Nem sei, agora, aonde ficou o teu sorriso.
Onde cabia um gesto de amor nos braços.
Não sei, não lembro, não guardo uma frase da tua boca.
Onde havia lugar para ti... Nem sei eu.
Sei, isso bem sei, uma canção que me fala de um muro,
numa rua apagada.
Sei, isso sei, uma palavra rasgada há muito,
no colo ferido.
Agora a dormir numa canção triste.
Num baloiço da outra margem...
Quando eras uma menina que vivia o dia a seguir.