(...) da ashfixia à serotonina

domingo, maio 21, 2006

286º

Não é um pedido

É como se impõe a vaga.
Sem constrangimento, escarpada.
Pega, falsa doçura, nas facas de talhante.
Olha para a Lua e obedece ao passar da nuvem.
Age na sombra, sem nódoas.
Pé leve, olho clínico.
Como as sogras...
Sem pedir, limita-se a dar de beber aos abutres.
Coágulos de chamas mortas.
Como as águas...
É como se impede o coração de soar.
Sufocando os minutos na garganta.
Corrige-se o que a natureza não abortou.
Atempadamente.
Era uma ordem...

5 Comments:

Blogger António Gomes said...

Brutal, forte e belo.
Consegues dizer tanto com tão pouco!

11:35 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Justa e recta.
:*

5:58 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Sereno e verdadeiro...

Que lindo...

"É como se impede o coração de soar."

Como... como...

Maravilhoso.

:****

12:03 da manhã  
Blogger Nina said...

Sufocante.

E belo demais!

=]

5:45 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

tens muito talento

11:37 da manhã  

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