(...) da ashfixia à serotonina

quarta-feira, setembro 20, 2006

359º

A barca de veludo nos dedos

Atmosfera imensa a de um hálito esquecido
de um aroma arriscado
o gosto pela vida abandonada nos navios desenhados a vapor
a cera de lápis e lágrimas vazias

A imensa força do que um rio não pode calar
consentir emergir
nos seus fortes braços de água

A esferográfica que não a deixa conter
aceitar assinar
os poemas antigos de ontem

O ar que resvala insaciado
as narinas abertas no pedido de ter
reter e ficar
um aroma de folhas caídas e abraços esfumados
a doce mão que morre por agarrar
ter braços de água e poemas assinados
os olhos no mar de um hálito morno
com mel a sorrisos de luz

A esfera que derrete
a cobra ou o pássaro?

A vida cobre-se de estrelas
e já é amanhã...

1 Comments:

Blogger Lord of Erewhon said...

A esfera derrete a cobra... é um anátema antigo.

Belo poema.

Dark kiss.

10:55 da tarde  

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