(...) da ashfixia à serotonina

segunda-feira, janeiro 22, 2007

390º

apêndice-tumular

Pois tu, entidade abstracta, morta.
Pois tu.
Acordei-te outra vez na madrugada em ânsia
e cobri-te de mim, uma lua cheia de branco.
Mas rompeu-se
o fio de um dedo na arma
os cornos de um pai ausente
os olhos fundos em covas
as mães do lado de lá.
Pois tu vergaste-me
ao peso estúpido da culpa
da desatenção, do adeus.
Uma lâmina e um olho silencioso,
um amigo mais eu.