386º Desafio
O Natal
5, 4, 3, 2, 1 e... Meia Noite
E prendas, brilhos, luzes, alegria, alegria, sorrisos
Mas não para os filhos do nada
Corria-lhes o vento nas rugas e a neve pelos trapos
Olhava-os um fio de lâmina e o ódio consumido
e não havia mais nada.
Eles não têm idade e por isso não têm Natais
Mas a chuva leva-os para dormir nas cavernas da cidade,
todos os dias e noites que se cruzam
e não têm horas.
Viram-nos por aí?
Os filhos do nada não são gente nem animais,
e nós? Que foi feito de nós?
Nas casas quentes, com brilho, luzes, alegria, alegria...
E os laços cegos, para as casas mortas aqui no nada
Aqui a vida que arde como as velas,
E o Natal não canta nunca para os cristos do subúrbio.
21 Comments:
Vai cantando. Existem para alguns visitas de homens e mulheres excepcionais que, com a hipótese de gosarem o Natal em casas quentes, optam estar com eles e aquecer-lhes a quadra, o corpo e o espírito. E desde já te agradeço porque me deste uma ideia interessante para o meu Natal e passagem de Ano :)
um Feliz Natal para ti
Esses são os verdadeiros Cristos.
Muito simples mas muito profundo. Parabéns.
Feliz Natal
vim li gostei
Amiga Raquel,
Gostei imenso da forma como viste este Natal.
Felizmente para alguns, como diz a Beatriz, lá chega uma mão amiga nesta data de gente que troca o seu conforto, pela tentativa de dar algum aos filhos do nada.
Gostei muito.
Grande abraço.
Querida Raquel... um post digno de ti e da tua alma linda. Só uma lágrima o pode saudar devidamente.
Obrigada.
Um abraço muito forte.
Lindo e tristemente verdade...
Enquanto uns se perdem em natais forjados outros sonham como seria...
Mas esperança existe de quem podem muitos ajudar a mudar, se não tudo um pouco dessa verdade.
Achei perfeito.
Beijo, boa noite e ótima semana
:*
Cara Raquel
Um conto suscinto, feito de frases quase soltas como os "filhos do nada". Será que encontrarão o caminho?
Uma boa noite para si :)
e quantos filhos do nada existem neste universo desigual!...
Gostei muito.
Beijo
Muito bonito e dá que pensar... os cristos do subúrbio... pois!
Um conto pode ter muitas formas, gostei desta.
Dark kiss.
Raquel
Uns festejam e exibem o excesso, outros arrastam a necessidade numa luta passiva pela sobrevivência. Sempre urgente este tema, cada vez mais urgente num mundo comprovadamente cada vez mais cavado e marcado pela desigualdade.
Um abraço
Raquel,
Gostei muito do que li, principalmente porque são poucas as pessoas que se lembram desses cristos do subúrbio... e depois das visitas desses homens e mulheres excepcionais o frio volta devagar...
Beijinhos*
Raquel,
Gostei muito do que li, principalmente porque são poucas as pessoas que se lembram desses cristos do subúrbio... e depois das visitas desses homens e mulheres excepcionais o frio volta devagar...
Beijinhos*
Raquel,
Gostei muito do que li, principalmente porque são poucas as pessoas que se lembram desses cristos do subúrbio... e depois das visitas desses homens e mulheres excepcionais o frio volta devagar...
Beijinhos*
Raquel,
Gostei muito do que li, principalmente porque são poucas as pessoas que se lembram desses cristos do subúrbio... e depois das visitas desses homens e mulheres excepcionais o frio volta devagar...
Beijinhos*
Raquel,
Gostei muito do que li, principalmente porque são poucas as pessoas que se lembram desses cristos do subúrbio... e depois das visitas desses homens e mulheres excepcionais o frio volta devagar...
Beijinhos*
Adorei a estrutura do teu conto.
Depois, só o vazio ficou cá dentro.
*
Adorei a estrutura do teu conto.
Depois, só o vazio ficou cá dentro.
*
Tenho a impressão que a Vanessa se repetiu um bocadinho.
Muita gente esquece que existem pessoas que não têm a mesma sorte que a maioria considera normal. Para muitas pessoas, essas datas festivas são apenas mais um dia o qual se deve sobreviver. Abraço.
E com silêncio te saúdo, porque só o silêncio pode acalmar a minha alma e aclamar a tua, agora...
Parabéns...
Fantástico!
Beijos
é brutal como esse poema é tão real..
não fosse o natal e muita gente esqueceria de vez esses pequenos cristos que o são todo o ano..
pena que os reis já não os encontrem ao chegar..
beijos
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