(...) da ashfixia à serotonina

terça-feira, novembro 28, 2006

384º

Sonata para Piano em Âmnio Menor

Mastiga-me os tempos que espero, esquece
vem cá dançar fora do corpo
e andar, andar, andar
à deriva como os sopros

Cala-te aqui nos braços, voa
sai de mim hoje
e volta, volta depois
ao extinguir das musas e das ondas

E ama, ama ainda mais o segredo
os sonhos quietos a dormir
a nuvem da pele que deixaste
para o adeus, para mim

Haverão os ossos serem terra
as casas os esqueletos
a vida mergulhada em âmnio
e dedos intermináveis

Pois nasce na pauta um Fá sustenido
comprido, penduro-o
para matar as pausas de olhos cerrados

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

lindissimo o poema (expuma)

11:51 da tarde  

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