(...) da ashfixia à serotonina

quarta-feira, janeiro 31, 2007

395º

Maratona das Zero Horas

Contando um a um pelos dedos vagos e compridos
pelos dias a navegar de perto
pelas estrelas entrelaçadas no mar de sábado
não há como ter-te desempregado das linhas
das coisas escritas de deus-pai-do-nada
Contando-me a mim um conto de precipício
pelo grito, pelo atribulado grito
e não vem cá ter nada mais nada a menos que um adeus
dois, três, corridos, desfragmentados
e cala-se devagarinho
Contando-nos de longe uma vida em pétalas
e um corpo untado pela planície
Eras tu, eu mesmo plantado num espelho infinito
pelas caras que não conheço, então vou.