360º
Esverdeando A urbe
O que nos espreita, pelas florestas de prédios?
Há vontades que se cruzam no enclave das mercearias,
nas covas que formam sorrisos de bebé
tão quente, o mar de gente, tão calvo, o grito persistente,
tão cheio, o gritar intermitente das gaivotas e dos estendais
tão de ninguém este buraco de betão pintado de azul
O que nos espreita, diz-nos cá, pelos carros que queres fugir para lá dum tal jardim
tão absurdo quanto amarelo a cara do patrono,
tão feio e branco, de alcalina, tão sozinho e morto
Adeus, adeus, até amanhã
ou então chegam exércitos de computadores e depois não haverá mentira que não seja verdade.
definitivamente...
é letal
posted by Raquel Antunes @ 11:09 da tarde
4 Comments:
Saramago jurou no seu Memorial do Convento que as vontades podiam voar. E eu juro que a urbe, esverdeada ou não, quando vista a bordo dessas vontades que levantaram voo, não seria letal, mas digna de contemplação.
O segredo está em olhar para as coisas de outros ângulos e admitir que em tudo existe graça... Digo eu...
pode ser letal essa beleza feita de fealdades..mas é nossa e de quem a quer agarrar..esverdeia por ai raquel :)
bejinhos
muito bom
passei por cá e adorei o blog
vemos-nos em breve?
bjs
e que urbe!
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