(...) da ashfixia à serotonina

quarta-feira, setembro 05, 2007

365º

Sofreguigão incendiária
dói
dói
...
urra
...

Há ou não um silêncio coberto de condimentos fáceis
uma sorridência temperada de oregãos e pirâmides egípcias
ou o choro de bebé em azeite e alecrim?

sh...

Amarelam-se as pregas e os nós de pele flácida
caiem-lhe vestígios de alma pelo corpo
ai ó alma... inércia de raquitismo...

Que alma senhores?!

Vive a múmia exilada nos fogos sôfregos, pântano e imundície
peças de tempos inquietos nos manuais, nas prateleiras,
num dossier de história antiga

Não sobrevive nem o calmo incendiário
sim, aquele que um dia faleceu no charco de si
no teatro pútrido de sua miserável cinza

como um tal hermano...