(...) da ashfixia à serotonina

quarta-feira, novembro 02, 2005

83º

PARTE I

Certo dia, hora incerta, Maria Lúcia corria as persianas.
Caíra a noite no Vale Das Cegonhas e a humilde criadita continuava à espera.

Maria Lúcia era apenas uma jovem criada e por isso, pouco mais sabia fazer para além das tarefas que lhe incumbiam.
Tornara-se criada numa casa de nobre família devido à miséria que se abatia sobre a casa de seus pais e irmãos. Maria Lúcia (Marilu para os amigos), gostara desde sempre da vida do campo e, muito embora não tenha aprendido a ler, Marilu ia à igreja todos os domingos de manhã ouvir os sermões do Padre Graça.

Marilu esperava num nervoso miudinho a chegada de seu amo.
Desde há um tempo atrás que Carlos Alberto espiava Maria Lúcia nos seus aposentos, quando à noite, ela despia a sua farda e lavava o seu corpo numa velha bacia.

2 Comments:

Blogger pencapchew said...

Numa velha bacia,eheheh. Fántastico.

11:50 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

não gosto do nome marilu...
maria lúcia é bem mais bonito :)

10:45 da manhã  

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