(...) da ashfixia à serotonina

quarta-feira, janeiro 18, 2006

164º

Out (...) Side

A minha mão é pequena mas acolhe.
O meu grito é mudo. Consegues ouvir?
Quando acreditamos que tudo é um quarto, um cubo de vidro inquebrável...
Sabemos então que somos pequenos.
Tudo é enorme e longínquo.
Somos pequenas peças de um tabuleiro quebrado.
Somos os restos guardados no frigorifico, num tupperware.
Esqueceram-se de nós mas e daí?
Dá-me água.
Sabes que a vida está por um fio?
Don't worry.
Não vou dar-me ao luxo de agitar uma corda vocal que seja.
Vamos apreciar os ultimos goles e os segundos a voar.
Deus é um dedo da tua mão.
Eu escolho o mindinho...
para não puderes apontar.
E agora? Hã?!
E agora?
Vens ou saltas?
Ouves a voz do além nas paredes do precipício?
Estavas aqui,
estás lá.

Goodbye... my sweet...
my lost corpse.

Shiu! Não digas nada.
Eu sei tudo...