(...) da ashfixia à serotonina

sábado, março 25, 2006

247º

O teu preço é de saldo

O coito, as coisas partidas.
O corpo, o templo partilhado.
O Deus, a chama que te ilude os pedidos.

Crês no vazio, como crês em ti todo.
Os dogmas, raízes afundadas no charco
poluído de falsos lirismos.
Há todo um desnível na realidade.
Crês no que querem que creias.

O Deus, a chama que te ofusca os medos.
O corpo, o vínculo que matas com biblicismo.
O coito, as coisas que partes na terra.

Crês no pó que te cobre, crês num todo vazio.
Os vícios, pecados que dobras em dois,
que partes de ti na mentira.
Há toda uma mãe atada pelo Deus que nomeias.
Crês no que pedem que creias.

1 Comments:

Blogger António Gomes said...

Muito bom, gostei mesmo de o ler.

4:13 da tarde  

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