(...) da ashfixia à serotonina

terça-feira, março 21, 2006

239º

Cálice de sémen, Aroma embrionário

Passeio de mãos dadas um corpo andrógino, um bálsamo.
Leve acorde na brisa de mar, melífluos dedos fundidos na pauta.
O sorriso das ondas ampara o raiar do sol, o sereno alvor.
A canção pende nos lábios de sereia que se estende, se envolve no macho rochoso da praia invicta.
O lugar da falésia é a alma de espuma, o correio dos deuses.
Há aromas de paixão morna no areal.
Há fogueiras acesas para a festa do equinócio, vácuos de orgia cavados no segredo.
O embrião chora de mansinho na caixa de âmnio e açúcar.
Restam cabelos serpenteando nas algas marinhas.
Conchas de derme e leitos seminais.

2 Comments:

Blogger António Gomes said...

Gostei, só não sei se gostei mais do titulo do que do texto :)

3:08 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

ler-te reduz o fluxo de sangue. o que é óptimo. obrigado.

10:09 da manhã  

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