343º
Pela chama do barco seguinte
Espero-te no ensaio das horas que brincam
na brutal fuga dos dedos pelo espaço desconexo
pelo rosto que cega, se esvai
Caio algures sem querer
E lá é noite vinte e quatro horas
Rompe-se a carne no prazer
na dor da mordedura e no lábio
pelos membros
pelos espasmos
pelos urros e sussurros
Gutural
E depois um ponto para fechar a primeira cena
Um abraço esquivo nos olhos
esboço de vazio inerte
Um beliscão parvo no orgulho inabalável
A boa noite com sonhos de geometria
e branco a toda a volta
Cá dentro tem de ser dia
sem parte nenhuma de mim
2 Comments:
Belo poema.
Obrigada lord :)
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