(...) da ashfixia à serotonina

domingo, agosto 20, 2006

343º

Pela chama do barco seguinte

Espero-te no ensaio das horas que brincam
na brutal fuga dos dedos pelo espaço desconexo
pelo rosto que cega, se esvai

Caio algures sem querer
E lá é noite vinte e quatro horas

Rompe-se a carne no prazer
na dor da mordedura e no lábio
pelos membros
pelos espasmos
pelos urros e sussurros
Gutural

E depois um ponto para fechar a primeira cena
Um abraço esquivo nos olhos
esboço de vazio inerte
Um beliscão parvo no orgulho inabalável

A boa noite com sonhos de geometria
e branco a toda a volta
Cá dentro tem de ser dia
sem parte nenhuma de mim

2 Comments:

Blogger Lord of Erewhon said...

Belo poema.

2:37 da tarde  
Blogger Raquel Antunes said...

Obrigada lord :)

9:44 da tarde  

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