(...) da ashfixia à serotonina

domingo, julho 16, 2006

339º

Adoçante do cair do Sol

Chávena mergulhada
falência triste do café
amor na pastelaria delicada do leito

A gula preguiçosa
que retira ao lençol de nata tímida

A cascata dos braços
ornamento da esteira

Longitude que dorme
língua de areia a amar um néctar
um deus de canela

[14 Julho 06]

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

ainda me surpreendes, raquel. queria esse leito. sendo o leito de um rio.

12:01 da manhã  
Blogger Klatuu o embuçado said...

Belo poema!

1:56 da manhã  
Blogger José Pires F. said...

Gostei, apesar da leitura que fiz sofrer com alguns cortes devido à pouca fluidez de leitura que o poema apresenta, no entanto, reafirmo que gostei, até porque usas expressões novas, como por exemplo “a pastelaria delicada do leito” ou “o lençol de nata tímida” e eu gosto muito dessas pinceladas que ornamentam qualquer escrito, depois, porque numa segunda leitura, o problema da fluidez fica resolvido.

Grande abraço.

7:34 da tarde  

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