(...) da ashfixia à serotonina

domingo, julho 16, 2006

333º

O Entre Passo

Mudas, as paredes do estômago
Cala-se a chuva lá fora
Gota a gota no ventre,
parapeito do corpo.

Embalam-se as cordas,
notas soltas a chorar no sótão da minha alma.

E os gatos em acasalamento na fuga do nascer partido,
aborto que vê na cidade das cinzas.

Surdos arpejos no nó da garganta
De asa em asa, melodias incompletas.

[12-07-06 Graça, Lx]