323º
O agradável réprobo
Partiu-se o mar dentro de nós.
Caiu-nos a fuga nos dedos.
Então, saimos pela alvorada, mãos dadas a escorregar no pânico.
Vieram ruas compridas e estreitas empurrar cada passo no infinito.
Os cães danarem-se pelas feridas a fundo.
E pés que não chegam!
Caiadas na miragem desértica as tuas dunas.
Inesperado ventre em brasa que se fecha sobre as mãos dadas.
Mãos raptadas para fugir, dadas de angústia.
E o amor que não pára de cantar!
Inseminado na vertigem cálida de ferida em fuga.
E não espera.
Não espera para terminar num cais qualquer.
É um início e não precisa de esperar.
Porque depois não há fim. Não se trava.
Para já basta empurrar o baloiço com ainda mais força.
3 Comments:
belo, nina
fazes-me lembrar algo que escrevi ha alguns anos. algo como
"sairemos pelas ruas pelos telhados da cidade"
belo, nina
fazes-me lembrar algo que escrevi ha alguns anos. algo como
"sairemos pelas ruas pelos telhados da cidade"
habitei sempre auma dúzia de quilómetros de lisboa, mas vivi sempre no coração da cidade.
sim, acertaste na mouche
Enviar um comentário
<< Home