(...) da ashfixia à serotonina

sexta-feira, julho 07, 2006

319º

Menina da minha cabeceira,
canto-te as lágrimas no rosto,
desfazem-se os amores ao vento.
Por ti, menina das sombras,
canto-te a calma na morte,
apagam-se os olhos no horizonte.
E não há volta...
Perguntas, menina tão só,
o que secou uma fonte tão pura?
Quem sabe, menina tão má,
talvez a mancha de amor, o nó da amargura.
E não há volta para ti...
Menina tão só que não quebra no vento,
na morte e nas sombras.
Apaga-se o deus, a mãe e o abraço.
Sai de ti para fora, menina má, o Inverno.
Coube-lhe na palma da mão,
o pó de uma vida inteira.

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

parece uma lengalenga que uma avó extremosa cantasse no teu adormecer

9:18 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

parece uma lengalenga que uma avó extremosa cantasse no teu adormecer

9:18 da manhã  
Blogger Raquel Antunes said...

Sim. É capaz de parecer uma lengalenga triste e carregada com verdade...

4:19 da manhã  

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