311º
Fantoches de baú
Num pacto de ferro erguem-se dois punhos de multidão.
Nasce uma ferida na ponta da espada. E assim, forja-se a veia do ódio nas investidas.
Soa o canto dos sinos no campanário.
Há castelos de gente que ardem com as gargantas ululantes. Urros pelo sangue semeado na terra humedecida.
Estás tu, Deus tenebroso a aplaudir?
Cenários medievais que se cumprem sobre o palco.
Um teatro animado por homens milimétricos...
Porque a vontade comanda as cordas e o teu riso sodomiza a raça.
Quando te esqueceres de brincar dá-lhes o fim.
Um a um, esquece tudo e começa de novo.
Talvez depois sobrem atmosferas e rios.
Mares glaciais suspensos nos teus olhos!
Mas não desfaleças.
Se partires não haverá lua nem chão. Nem fantoches encantados.
Senhor, amanhã não vai ser dia.
2 Comments:
SUBLIME!
Tão poderoso que faz doer.
Um beijo enorme.
Muito bom... a menina escreve.
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