(...) da ashfixia à serotonina

terça-feira, março 20, 2007

345º

Pedaço nº não-sei-quantos

Canta-me uma história de brincar
no meu sono de prata despediste-te
sem ver
a coragem rompeu-se no bolso do casaco
e os meninos fugiram, um a um, nevoeiro adentro
Canta-me os primeiros risos
para repetir um soneto apagado
congelada nas veias, uma réstia de magia
e o medo a gritar bem alto
lá fora há sinais de um mundo vivo
que, afinal não tocámos.