345º
Pedaço nº não-sei-quantos
Canta-me uma história de brincar
no meu sono de prata despediste-te
sem ver
a coragem rompeu-se no bolso do casaco
e os meninos fugiram, um a um, nevoeiro adentro
Canta-me os primeiros risos
para repetir um soneto apagado
congelada nas veias, uma réstia de magia
e o medo a gritar bem alto
lá fora há sinais de um mundo vivo
que, afinal não tocámos.
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