(...) da ashfixia à serotonina

terça-feira, janeiro 24, 2006

169º

É hoje que mato, que esfolo, que esventro.
Hoje está um dia óptimo para descer aos infernos e ficar por lá a apodrecer.
Afinal de contas, há muito que um certo paraíso secreto fechou para obras.
São noites seguidas de sonos maus, inquietos.
Imagens reguilas preenchidas de insectos cabeludos
e nuvens negras carregadas de tempestades.
São dores que apoquentam mais ou menos.
Mas,
nada de novo.
Um entorse na minha mente impede-me de prosseguir.
Vou sentar-me no jardim a ver os pássaros cairem,
as flores a morrer...
Amanhã tentarei ser a máscara feliz de um dia sempre estúpido.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Bem... Tens, de facto, uma escrita negra, muito muito carregada. E, passe-se a infantilidade, mas é difícil dissociar a escrita da remota hitótese da pessoa que lá está.
Há muito que me intriga pensar como serás por dentro. :)

Olha, já agora, para dizer que há umas noites sonhei com vermes, muitos, e com alguém que detesto a comê-los...

;)

10:53 da manhã  
Blogger Raquel Antunes said...

Obrigada :D
Na verdade acho que sou uma pessoa relativamente simples. Mas estava um pouco indisposta quando postei isto... Estava a ter um dia de trabalho bem negro ;)

O teu sonho não sei porquê fez-me lembrar o tipo da gula no se7en. Não deve ter muito a ver mas talvez pq ele era como um grande verme a comer esparguete... até à morte!

;)

2:32 da tarde  

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