221º
Flor Rupestre
Acolhe, cara má, coisas doces.
Nas sombras esperam-te vultos de cristal.
Dá sede ao lago, revolta-te connosco.
És sinal de raiva tolerada anos a fio, sucumbida.
És uma migalha na areia e eu tenho fome...
Demasiada fome e dores abdominais.
O que foi prazer e sobrou dor.
O que foste que me marcou há uns anos, dissipado.
Acolhe grãos de raiva com pulsos cortados.
Faz-te uma ordem e cumpre...
Apaga-me de ti.
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