(...) da ashfixia à serotonina

terça-feira, março 07, 2006

227º

Ofertas Indemnizadas

Custam as noites fálicas a passar por ti, velha meretriz?
Custam as lágrimas risos alheios, distintos sarcasmos?
O que custam ventos a apagar velas e até fogueiras?
Custam as portagens que nos furam sangue vivo?
O que custam as respostas da boca ilustre que é tua, velha meretriz?
A vida já não corre mas ainda se empurra pelas veias rijas.
O calo manda a todos implorar com vénias a ti, à razão da vida suja.
O que custa saber que o lixo é sujo mas existe?
O que custa ver sem querer a realidade escrita nas paredes?
A despesa é grande e paga com o corpo dos trapos e dos linhos.
Sabiam o que custa?
Primeiro o trapo, depois o linho, mas sempre todos.
Cada qual na sua vez... Custa-te?
Nesse caso, com licença.
Obrigada! A dívida estará revista nos próximos capítulos.
O que custa um desvio?...
...uma gota para a sede do deserto?