(...) da ashfixia à serotonina

quinta-feira, abril 27, 2006

271º

Nu Ventre

Um lençol de pele estendida a secar, no Sol.
Um desenho teu tatuado com luz, na Sombra.
E nós muito apertados que te selam guinchos moribundos.
Nu ventre estéril, seco pelos dias arenosos, com Vento.
Forças de matéria viva, transparescendo num lençol de pele.
E, cada vez mais, naperons bordados no mapa das tuas costas.
Não chega já de nudismos incautos?
Deixo-te uma carta no ventre para leres, nua.
Às escondidas.
Com um beijo morno, segredado.