(...) da ashfixia à serotonina

segunda-feira, outubro 23, 2006

369º

O horizonte despede-se à Madrugada

Paira sem aposento a doce canção
mata-me as cobras no ventre
nas casas de barro de uma floresta...

O Contigo não existe
é uma poça estagnada pelos dias a fio
é a gota de água no parapeito da janela

Da saída que se apagou
da rua que não se encontra no mapa
nas tuas mãos...

O Nós inócuo
porque também não existe
no parapeito da minha janela

Canta-me as luas do desejo
embala o meu sonho nos dedos
e mata-me de ti...

Até ser dia nos horizontes de Ninguém