369º
O horizonte despede-se à Madrugada
Paira sem aposento a doce canção
mata-me as cobras no ventre
nas casas de barro de uma floresta...
O Contigo não existe
é uma poça estagnada pelos dias a fio
é a gota de água no parapeito da janela
Da saída que se apagou
da rua que não se encontra no mapa
nas tuas mãos...
O Nós inócuo
porque também não existe
no parapeito da minha janela
Canta-me as luas do desejo
embala o meu sonho nos dedos
e mata-me de ti...
Até ser dia nos horizontes de Ninguém
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