(...) da ashfixia à serotonina

terça-feira, abril 04, 2006

257º

Uma cascata de ti

Meu retrato de deusa, rosto de algodão puro.
Beijo-te as fontes com ternura, desfaço-te os nós dos dedos.
Descolo os cantos dos lábios para te oferecer um sorriso.
És tenra, leve, mas desinibida.
O teu ego contagia-me de aromas róseos.
Sou o teu casulo, o teu lençol.
Estás no meio de mim, no centro das minhas histórias.
Guardo-te num pedaço de fruta fresca para o lanche.
Estende-se uma toalha de linho bordado.
Num horizonte lilás.
Uma tela tua onde damos os primeiros passos.
Sou amparada pelo teu mimo.
Agradeço-te a delicadeza supra-humana, o amparo do olhar vigilante...
Eu amo-te, musa das planícies.